20 de fevereiro de 2009

Essa crise....

Hoje estava conversando com aquele que faz meus olhos brilharem e descobrimos que passamos pela crise dos sete anos de casados sem arranhões. Não discutimos diariamente nossa relação, não fazemos cobranças... nada! Pudera! Ele em Portugal e eu aqui. Talvez por isso nosso casamento esteja dando tão certo. Sei de casais que vivem em casas separadas e cuja relação está cada vez melhor, que dirá então de casais que vivem em países diferentes? Melhor impossível!
Nós nos vemos todos os dias. Aquele que faz meu coração bater descompassado entra pontualmente às 21 horas (horario de Brasília, claro) e "tecemos" até esgotar os assuntos do dia. Ele me faz companhia enquanto faço os colares: dá um palpite, escolhe uma cor ou faz aquela cara de não estou percebendo, como se estivessemos um do lado do outro no sofá da sala.
Hoje ele mandou-me umas fotos de Duk e Raimundinho.
Ah, Raimundinho! Depois do banho e da massagem, que eu chamava shiatsu (rss), deixava-se entregue à Morfeu. Dormia no sofá, entre o encosto e assento, como se fosse sua propriedade!
E no dia em que estávamos no sitio e sentimos sua falta:
- Cadê o Raimundinho?
E procura daqui e dali, vai lá fora, vai lá dentro, sobe, desce, grita e quando eu já estava com os olhos rasos de água.... quem eu vejo em cima do telhado, balaçando o rabinho?
- Raimundinho?!
- Ah, seu maluquinho!
- Como foi parar ai?
- Se ainda fosse um gato, tudo bem...
- Mas você é um york com excelente pedigree!
- Ah, menino!!

"Duk e Luca tiveram dois filhotes. Os filhotes ainda não tinham aberto os
olhos e o cachorro do vizinho entrou por um buraco na cerca, atacou e matou Luca, a mãe. Tivemos que amamentá-los com leite especial para cachorros, 10ml de 3 em 3 horas. Eles dormiam enroladinhos em pequenos cobertores e às vezes era preciso colocar a bolsa com água quente para ajudar a aquecê-los. Não tive coragem de cortar a cauda. Um deles, a fêmea, foi vendido . Ficou o macho que fazia graça para o pai e brincava conosco: Raimundinho. No dia seguinte em que ele subiu no telhado, o cachorro do vizinho o atacou também. Até hoje lembramos dele com saudades..."

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PANOAMANO é:

Um lugar especial para contar um pouco de mim: as coisas que gosto, as coisas que sei e também aquelas que não gosto e o que ainda não sei .

Meus panos coloridos, retalhos bordados, pontos inventados na hora e, as letras desenhadas ao sabor da imaginação.

PANOAMANO é a minha maneira de enfeitar o cotidiano!"